O novo Gatsby

Olá, tudo bem!

Hoje fiquei presa num shopping por conta do rodízio. E, depois de muito tempo, me permiti pegar um cineminha, sozinha. Fui ver, finalmente, "O Grande Gastby".
Apesar de tanta gente torcer o nariz pro Baz Luhrmann, eu admito: gosto dele. É feminino ao extremo. Musical (vide "Moulin Rouge", que eu adoro. Tenho o CD co a trilha no carro), brilhante, romântico e nesse caso, até non-sense. Gosto e admito sem medo.
Portanto, já era de se esperar que eu também gostasse do seu novo filme. Ainda que o tempo todo "grite" a imagem MARAVILHOSA do 'Gatsby' Redford, de 1974, na minha cabeça. Imbatível, único. 

O Grande Gatsby de 1974

Mas a história foi super mantida, a meu ver. Fiz questão de não rever o primeiro antes de assistir ao novo, para deixar a minha memória (que não é das melhores! quem me conhece sabe bem... risos) destruir a sessão de cinema. E funcionou.
Adorei entrar naquele mundo ora coloridíssimo e luxuoso ora cinza e esfumacento construído por Luhrmann para recriar a Nova York dos anos 20.
A-do-rei FIGURINO, DIREÇÃO DE ARTE e TRILHA (moderna sim, mas afinal, é a quarta ou quinta versão. As trilhas são sempre especiais nos filmes de Baz).
O figurino é de Catherine Martin, que teve ajuda de Miuccia Prada. Um luxo!



O terno cor-de-rosa de Gatsby dá o que falar no filme e fora dele. LINDO!!!

E, acima de tudo, GOSTEI BASTANTE do LEO DICAPRIO no papel principal. Ele conseguiu ser dúbio como o papel pedia, meio afeminado e misterioso no começo e depois enlouquecidamente inseguro, infantil, como todo homem "louco" de amor. Claro que DiCaprio tem seu jeito menino, ingênuo, que Redford não tinha. A inocência do personagem ficava no olhar e na pureza do que dizia, não na imagem que, no caso de Redford, sempre foi de extrema sensualidade, beleza e virilidade. LINDO.
Quem não se lembra das imagens na piscina?

Inesquecível...

Agora, como em tudo, há sempre algo que a gente não gosta, né! Nesse filme acho que o casting pecou na escolha das atrizes. Nenhuma me convenceu. 


O mais frustrante foi ver Carey Mulligan tão inconsistente. 


Mia Farrow era a fragilidade em pessoa no Gatsby de 74. E deu um show.  

Essa sequência é bem bonita, especialmente o clipe em que Jay Gatsby joga roupas em Daisy















Uma das coisas mais apaixonantes dessa história é ESSE ROMANTISMO do personagem título. Não há mulher que resista a um homem assim, capaz de se recriar e das medidas mais extremas para conquistar sua amada. Decidido a cuidar dela acima de tudo e de todos, que só vê sentido nas festas, na riqueza, na beleza quando ela está presente. SERÁ QUE ISSO EXISTE OU É MAIS UM SONHO QUE A SÉTIMA ARTE NOS FAZ SONHAR?? risos

Tudo isso pra me lembrar do quanto gosto de cinema e do quanto o dia-a-dia, morar no interior, 2 filhos, trabalhar em televisão (por incrível que pareça!!!) me afastaram desse contato tão salutar com a telona e tudo o que ela e o batalhão de profissionais e artistas que estão por trás dela me proporcionam.

Há 13 anos, fui crítica de cinema e vídeo para um site desenvolvido para os brasileiros que moravam em Miami - PlanetaShow. Naquela época, me lembro que na minha coluna inaugural escrevi: "escrever uma crítica sobre um filme é uma grande responsabilidade. pois, se você não é um expert como Rubens Ewald Filho, quem é que vai querer saber a sua opinião? por isso, sempre começava dizendo tecnicamente os prós e os contras do título. depois, fazia algumas comparações, indo pelo gênero ou elenco, para dar dicas a quem talvez se interessasse pelo filme. Lá no pé do texto, aí sim, dava a minha opinião, geralmente passional. Opinião mesmo! Afinal, quando me sento em frente à telona, confesso, quero me entreter, me entrego e espero para ver se o filme vai conseguir fazer a mágica que o cinema sempre fez desde os primórdios: emocionar, encantar, me tirar da sala e me levar para outros lugares, épocas, mundos. 
Afinal, é isso, não é?

Bjs e boa noite.

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