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Olá, tudo bem? Agora pouco assisti ao episódio de hj de SESSÃO DE TERAPIA no GNT. Direção de Selton Mello, grande elenco, roteiro denso e muito bem escrito.
Mas, como sigo a série no Face, me senti livre para comentar uma sensação que os episódios que vi nessa semana me passaram.
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Mas, como sigo a série no Face, me senti livre para comentar uma sensação que os episódios que vi nessa semana me passaram.
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Conferi o episódio de hj, o de ontem... mas essa troca de tiros, esse tiroteio, na minha opinião, está fugindo demais da terapia... Sim, admito que o descontrole e o desrespeito entre analisando e analisado podem ocorrer e podem surtir efeitos satisfatórios ao tratamento. Mas esse TER QUE TER O OK DO TERAPEUTA PARA AGIR não é como eu vejo a terapia. Isso está mais para "consultor sentimental, conselheiro/a, confessionário...". Adoro a série, mas começo a temer o caminho que o roteiro está tomando... Agora não é mais a "patologia" de cada um que está no divã, e sim a própria TERAPIA/PSICOLOGIA que está sendo discutida... E, a meu ver, a melhor maneira de discutir ou questionar a psicologia é através dos casos! Sou do entretenimento, adoro ficção, mas o que mais me atraiu nessa série foi a profundidade e a verossimilhança com uma REAL sessão de terapia!
Mas pensando mais ainda a respeito da TERAPIA, me dá vontade de continuar essa reflexão. Fiz terapia pela primeira vez quando tinha 25 anos. A indicação foi por estar sempre em conflito com um relacionamento amoroso extremamente conturbado (brigas, ciúmes - meu! - insegurança - de ambos - competitividade etc etc etc.). Claro que as sessões não ficaram só aí, na superfície. Foram mais fundo, como era de se esperar. Questões como ausência paterna, carência materna, baixa auto-estima e blablablá tb foram discutidas. Até que chegamos à SOLIDÃO. Ou melhor, ao MEDO da solidão. E então, após terminar meu namoro da época, resolvi largar tudo e ir embora do país.
PRIMEIRO CONFLITO MEU COM A TERAPIA (ou seria com a terapeuta?)
Ela fez de tudo para me convencer a NÃO IR, pois dizia que eu iria DE ENCONTRO AO MEU MAIOR MEDO, justamente, A SOLIDÃO.
E aí eu joguei a toalha, respondendo: "Mas vc não deveria me impelir justamente a fazer isso, a ENCARAR OS MEUS MEDOS, ENFRENTÁ-LOS, SUPERÁ-LOS?"
Me senti, do alto dos meus 25 anos, dando um "cheque-mate" na minha "médica", digamos assim.
Fui pra fora do país, e hj, 20 anos depois, digo que foi uma grande viagem, uma experiência incrível, cresci em 1 ano e 1/2 o que não tinha crescido em 26 anos de vida. Me formei na FACULDADE DA VIDA morando no exterior, sozinha, trabalhando de garçonete e dogsitter. É brega demais a tal "faculdade da vida", mas é a minha verdade.
(internet)
OK, de volta ao país tropical... dei um bom tempo de terapeutas.
Mas, há 5 anos, precisei muito da sua ajuda. E continuo precisando.
E, apesar de ver tanta gente consultando seus psicólogos para saber se vão pra direita ou pra esquerda, eu não peço CONSELHOS à minha terapeuta. Não é assim que vejo a terapia. Não vou lá pra receber sua APROVAÇÃO. E sim A MINHA APROVAÇÃO em relação a mim mesma, aos meus passos (sejam eles certos ou errados), mais ainda, não sempre aprovados, mas compreendidos. Me entender, compreender o que me move, ou paralisa, o que me comove, ou enoja, o que eu quero, e o que não quero, isso sim é importante pra mim NAS MINHAS SESSÕES DE TERAPIA.
Claro que questões como as da brilhante série do Selton Mello surgem, afinal, são questões da nossa vida, do nosso dia-a-dia. Exemplos: fico com a Júlia e acabo com o meu casamento (Théo), entro na Justiça para tirar meu filho da mãe, me reconcilio com a minha mãe e aceito que meu pai nunca ligou pra mim, meu filho era gay?
(internet)
Mas daí a tentar tirar do terapeuta RESPOSTAS para tudo isso... ACHO QUE NÃO. Hj, a personagem Dora (terapeuta de Théo) disse tudo: A resposta está em vc, só você a tem. Vc quer que eu te diga: vá, fique com a Júlia. Mas é vc quem tem que decidir isso.
Não dá pra jogar num terapeuta a responsabilidade dos nossos atos, que sempre terão consequências. A vida é ISSO, é aí que mora o perigo e o prazer. Tomamos atitudes, sofremos ou sorvemos as suas consequências.
AMÉM. É assim que eu quero viver... tomando as minhas decisões. E depois, vou pra terapia analisar/avaliar/entender/desculpar/rever as suas consequências.
BOA NOITE!! BONS SONHOS.
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Oi, Denise. Muito bacana sua reflexão. Faço terapia há dois anos e concordo plenamente com vc. Nós temos que achar nosso próprio caminho nesse turbilhão que é a vida. O terapeuta tem que seguir de mãos dadas, nos orientando nos momentos difíceis. Mas as escolhas somos nós que fazemos. bj grande
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